sábado, novembro 29, 2008

Chove chuva... Chove sem parar...

Chove chuva, chove sem parar.... Chove lá fora e aqui, faz tanto frioooooo.... Música antiga (se disser que nunca ouviu falar, ficarei extremamente sensibilizada, afinal, me sentirei realmente velha!)

Infelizmente, ficamos realmente impotentes diante de tanto dor e sofrimento e, por mais que façamos, será difícil esquecer as cenas mostradas na TV, na internet.

Lembro-me de uma cena em especial onde um garotinho apareceu na TV, abraçando seu pai, depois de ficar horas em um abrigo perdido de todos.

Eu tenho passado por uma situação difícil, doença grave, me sentindo sozinha, com problemas financeiros e, de repente,tudo isso me pareceu tão pequeno, tão mesquinho, que resolvi arregaçar as mangas e fazer alguma coisa.

Um amigo de lista citou a felicidade de ter voltado ao trabalho depois da folga forçada, pois percebeu que as coisas estão voltando ao normal em Itajaí.

Estamos na segurança de nossas casas e apesar da rua ter enchido, ter ficado ensopada em menos de 5 minutos lá fora, carros formando ondas ao passar na rua, ônibus, providenciando microcorrentezas. Mas o que é isso diante do horror e destruição que os barrigas-verdes estão passando? Só podemos tentar imaginar o que é essa situação. Nenhuma leitura, imagem, filmes nos fará sentir na pele o que cada um está passando.

Imagine o que é cobrar R$ 5 por uma garrafinha de água mineral ou R$ 150 por um botijão de gás? É algo tão absurdo... Imagine sentir dor de cabeça e não existir nenhum remédio, pois as farmácias foram saqueadas, e as casas tiveram tudo destruido... Imagine você se sentar em pleno desespero em uma escola cercado por centenas de pessoas desconhecidas e perceber que tudo que conquistou ao longo da vida se foi...

Desesperador não é? Talvez seja hora de revermos nossos conceitos. Parar de reclamar e lembrar de Santa Catarina transformada em uma veneza torta e sem planejamento, lembrar de helicópteros resgatando as pessoas, bombeiros salvando outras embaixo de casas que foram destruídas por deslizamentos.

Dezenas de mortos, centenas de desabrigados. Cada dia aumentam as desgraças contadas. Pedem alimentos não perecíveis, mas de consumo imediato. Pedem água. Não há nem mesmo água potável para beber. Desesperador.

Desejo sinceramente que as chuvas melhorem na região e com isso, a cidade possa começar ser reconstruída, porque por hora, nada pode ser feito. Que Papai Noel se compadeça dos barriga-verdes.

E depois ainda tem cientista americano tentando nos convencer que não está havendo mudança no clima....

É hora de recomeçar. E talvez seja a hora de recomeçar não só materialmente. Talvez, seja uma boa oportunidade de renascer, de se reinventar e crescer como ser humano.


Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial